Intermediação paga na contratação de Deyverson é um dos interesses do COF (Cesar Greco/Palmeiras)
O COF (Conselho de Orientação Fiscal) do Palmeiras está no pé do presidente Maurício Galiotte para ter acesso a um relatório sobre os gastos com comissões pagas nas contratações de jogadores neste ano. Além dos valores, os cofistas também querem saber quais foram os empresários beneficiados com as intermediações.
O pedido havia sido feito pela primeira vez na reunião de julho. Em agosto, Galiotte foi cobrado para apresentar o balanço, mas não o fez. “Vamos aguardar por essa relação até a reunião do mês de setembro”, avisa um membro do conselho, criado para participar das decisões ligadas às finanças do Verdão.O COF (Conselho de Orientação Fiscal) do Palmeiras está no pé do presidente Maurício Galiotte para ter acesso a um relatório sobre os gastos com comissões pagas nas contratações de jogadores neste ano. Além dos valores, os cofistas também querem saber quais foram os empresários beneficiados com as intermediações.
Duas contratações, em especial, despertam a curiosidade do COF: a de Felipe Melo, fechada em janeiro, e a de Deyverson, concluída em julho. Os cofistas trabalham com um valor de R$ 2,5 milhões de comissão apenas na chegada de Felipe Melo, que havia rescindido seu contrato com a Inter de Milão alguns dias antes do acerto com o Verdão.
O fato de não ter pago qualquer centavo ao clube italiano pode ajudar o Palmeiras a justificar a comissão, além de luvas no valor de R$ 8,4 milhões a serem pagas em 12 parcelas trimestrais de R$ 700 mil, cada.
Já a comissão de Deyverson é um mistério. A única informação em posse do COF é a do valor final da compra do atacante junto ao Levante, da Espanha: 5 milhões de euros, que hoje equivalem a R$ 18,5 milhões. O atacante tem 26 anos e havia disputado a última temporada pelo Alavés, também da Espanha.
Não é a primeira temporada que o COF exige explicações sobre as comissões. No ano passado, o órgão implicou com a série de jogadores empresariados por Eduardo Uram e Fábio Mello que acabaram parando no Palestra Itália.
Porém, duas das intermediações mais custosas ao Palmeiras não tiveram Uram e Mello envolvidos. A aquisição de Lucas Barrios, em 2015, teve pagamento de R$ 1,92 milhão de comissão, enquanto a de Valdivia, em 2010, saiu inicialmente por R$ 1,8 milhão. Com o atrasado em uma das dez parcelas, o clube foi condenado pela Justiça a desembolsar, no total, quase R$ 2 milhões.
No total, o Palmeiras contratou 15 jogadores para 2017 – a conta não inclui Dudu, que teve mais 50% de seus direitos econômicos adquiridos no começo do ano, mas já fazia parte do elenco campeão brasileiro em 2016 e da Copa do Brasil em 2015. O custo de todas as operações foi de R$ 128 milhões, com destaque para dois atacantes: Borja e Deyverson (confira os preços pagos pelos atletas).
OS R$ 128 MILHÕES GASTOS PELO PALMEIRAS COM REFORÇOS NO ANO:
– Borja: R$ 32,8 milhões (comprado Atlético Nacional-COL)
– Deyverson: R$ 18,5 milhões (Levante-ESP)
– Bruno Henrique: R$ 13 milhões (Palermo)
– Dudu: R$ 11 milhões (por mais 50% que pertenciam ao Dínamo Kiev-UCR)
– Juninho: R$ 10,2 milhões (Coritiba)
– Luan: R$ 10,2 milhões (Vasco)
– Guerra: R$ 9,7 milhões (Atlético Nacional-COL)
– Hyoran: R$ 7,4 milhões (Chapecoense)
– Fabiano: R$ 7,2 milhões (Cruzeiro)
– Raphael Veiga: R$ 5,3 milhões (Coritiba)
– Keno: R$ 2,7 milhões (São José-RS)
– Mayke: R$ 0 (trocado por Rafael Marques até o fim de 2018)
– Felipe Melo: R$ 0 (rescindiu com a Inter de Milão-ITA)
– Michel Bastos: R$ 0 (rescindiu com o São Paulo)
– Willian Bigode: R$ 0 (trocado por Robinho)
– Antônio Carlos: R$ 0 (emprestado pelo Tombense)
Fonte: Blog do Jorge Nicola