OPINIÃO - A Era das redenções

Felipão, quando chegou ao Palmeiras, carregava - e ainda carrega - o estigma de sua segunda passagem pelo clube, além do fatídico 7x1 sofrido pela seleção na copa de 2014. Isso poderia ter sido um peso a mais em suas costas. Pode ser, porém que esse estigma tenha se tornado o elo que o permite se unir aos jogadores e fazer com que todos trabalhem juntos e motivados - coisa que parecia impossível sob o comando anterior.

Desde a saída de Róger Machado o Palmeiras não sabe o que é sofrer gol. Felipão tem conseguido trazer de volta algum prestígio e bom futebol a Antônio Carlos, Edu Dracena, Diogo Barbosa, Moisés e até mesmo ao contestado Deyverson. O que não é pouco, considerando o tempo de trabalho.

Mas ainda faltavam alguns nomes. E entre eles estava um camisa 7, meio esquecido. Ali, do lado esquerdo do campo. Isso, até ontem.



Ontem foi o dia de Dudu brilhar - e de fazer jus à bela assistência de Mayke, outro que também tem feito boas partidas, depois de uma tabela bem feita com Moisés. Dia de voltar a balançar as redes e garantir o bom momento dos atacantes alviverdes, que viveram um longo período sem marcar gols e foram decisivos nas últimas três partidas.

Nas palavras do próprio Felipão "o futebol é uma coisa simples". E com Dudu, não foi diferente. Quando ele deixou de lado as polêmicas com a torcida e vontade de ir para o futebol chinês, voltou a jogar futebol. E ontem, foi premiado pelo seu esforço.

A redenção dos nossos jogadores - e do treinador - chega em um momento importante. Temos, na Copa do Brasil, um duro confronto contra o Cruzeiro que, na minha humilde opinião, é de onde sairá o vencedor do torneio. A Libertadores e o nacional também caminham para momentos cruciais e estamos muito vivos em ambas as competições.

Se havia uma boa hora para uma ascensão, era esta.
Postagem Anterior Próxima Postagem