OPINIÃO: Muito mais que um 0x0

Considerando que o Palmeiras tem pela frente um jogo decisivo pela Libertadores, até que faz sentido a estratégia do Felipão de utilizar um time alternativo contra o Internacional. Mas a julgar pelo nível do adversário, eu admito que me surpreendeu o fato de ele não ter levado força máxima para o Beira-Rio. Eu, no lugar dele, provavelmente não teria tal coragem -e é por isso que ele é um treinador multicampeão e eu apenas faço comentários.

Fato é que o Palmeiras, mesmo com time misto, fez frente ao vice líder da competição. O empate não interessava a nenhuma das duas equipes, é verdade. E sim, poderíamos ter vencido. Mas não dá pra reclamar do resultado. O jogo teve muito a ser aproveitado.



Pra começar, ganhamos uma posição. Graças ao Atlético-PR e e Vitória, que fizeram o favor de vencer Grêmio e Atlético-MG, respectivamente, o ponto conquistado no sul nos garantiu o quarto lugar.

A partida também serviu pra mostrar a quem tinha qualquer dúvida que temos, sim, um bom elenco que pode fazer frente a qualquer time do Brasil - e que faltava treinador. Gustavo Gómez, ao lado do antes contestado Luan, forma uma dupla capaz de fazer sombra a Antônio Carlos e Edu Dracena. Na lateral direita, já fica difícil saber quem é o titular entre Marcos Rocha e Mayke. Na esquerda, se Diogo Barbosa parece ser o titular absoluto, Victor Luís, quando entra, não decepciona.

Thiago Santos, pouca mídia, muito futebol. Se tivesse um pouquinho mais de habilidade com a posse de bola, já seria titular fácil.

E, como a fase é boa, até Deyverson conseguiu jogar um bom futebol e encantar o torcedor alviverde no dia em que Palmeiras completou 104 anos de fundação.

A peça que ainda destoa do restante do time é Jean. Este não tem conseguido agradar a torcida. Nem a este que vos escreve. Mas, ainda assim, tem conseguido agradar ao treinador, que não deixa de lhe dar oportunidades. Deve ser um daqueles trabalhos discretos em campo que só o treinador consegue ver.

Mas estamos a oito jogos sem tomar gols e sem saber o que é derrota. Temos a terceira melhor defesa, o quarto melhor ataque e o segundo melhor saldo de gols, e estamos a uma distância dos demais que agora já não me parece tão grande.

Eu não acho que tenho argumentos pra contestar o treinador sobre isto.
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