Em entrevista ao Estado, Keno comenta sobre sua fase, a
vida no Egito e diz que no meio do ano irá pensar sobre voltar ao Brasil. O
atacante diz, ainda, que guarda carinho pelo Palmeiras, clube onde atuava antes
de ser negociado para o exterior.
Você está satisfeito com seu desempenho no
Egito?
Eu não gosto de
ficar falando muito de mim, mas estou satisfeito, sim. Quando cheguei, pensei
que fosse encontrar muitas dificuldades para me adaptar. Aqui, a cultura é
outra, o futebol é jogado de maneira diferente, o pessoal tem outros costumes.
Mas tudo foi se ajeitando de forma rápida e pude fazer bons jogos.
Como tem sido a vida no Egito? Por exemplo:
se acostumou com as diferenças de clima?
Aqui faz calor
demais. É impressionante, mas já consegui me adaptar, sim. Você vai pegando uma
dica aqui, outra ali, e tudo se ajeita. Mas no começo não foi fácil.
E com a culinária egípcia?
A gente procura não
comer muitas coisas diferentes. Sempre que dá, fazemos comida brasileira e está
tudo em casa. Mas não temos muito problema com a culinária local.
Teve algum problema com os costumes do país?
Não! Desde os meus
primeiros dias, tentei saber o que eles faziam pra poder respeitar e não
cometer nenhuma besteira.
Há muitas diferenças entre o futebol
brasileiro e o egípcio? E semelhanças?
Claro que a
qualidade do futebol jogado no Brasil é superior, aqui o campeonato é bastante
corrido e intenso. Como nosso time fez um investimento alto, as equipes jogam
bem fechadas contra nós e não é fácil. Mas estamos indo bem e fortes na disputa
do título.
Como tem sido jogar em um time com poucos
torcedores, que quase nunca lota o estádio?
Bem diferente da
experiência que tive no Brasil. No Santa Cruz, o pessoal acompanhava bastante e
comparecia em bom número ao estádio. E no Palmeiras não preciso nem falar.
Todas nossas partidas eram com o Allianz Parque lotado e a torcida nos
empurrava do início ao fim.
Como foi para os atletas quando o dono
ameaçou tirar o investimento no Pyramids?
Esse problema
aconteceu mais de uma vez, mas procuro não me preocupar muito com isso. Desde a
minha chegada, sempre fui muito bem tratado e nunca tive nenhum tipo de
problema. Eu e minha família só temos que agradecer.
Alguns atletas voltaram após pouco tempo no
Egito, como o Rodriguinho. Chegaram propostas para você? Se sim, por que
preferiu ficar?
Essas questões eu
deixo na mão do meu empresário, Edson Neto. É ele quem toma conta e já sabe o
que eu quero para a minha carreira. Claro que sempre leio o que sai na imprensa
e é um orgulho muito grande saber que grandes clubes seguem interessados no meu
futebol.
Pensa em voltar para o futebol brasileiro em
breve?
Eu e minha
família estamos bem aqui e ainda não pensamos nisso. Quando acabar a temporada,
sentarei com o meu empresário e falaremos sobre isso.
Acompanha o Palmeiras?
Sim. Acompanho o
futebol brasileiro e tenho um enorme carinho pelo Palmeiras.
Atletas de velocidade contratados pelo
Palmeiras não caíram no gosto do torcedor. Daria algum conselho a Carlos
Eduardo e Felipe Pires?
Sempre que posso,
falo com o Carlos Eduardo. É um menino super do bem e um ótimo jogador. Eu falo
pra ele ficar tranquilo e fazer o trabalho dele de forma natural. Tenho certeza
absoluta de que irá ajudar demais o Palmeiras na temporada.
Fonte: Estadão